Coração
Armado
Quem sempre
tem o coração armado
Com os
projeteis prontos para o mundo,
Deve sentir
um pavor tão profundo
Que seu
peito padece atormentado.
Sempre em
riste, tem seu cano apontado,
Dando impressão,
ser algum moribundo,
Com mil
revoltas no seu sentir fundo
Faz loucos
tiros, para todo o lado.
O turbilhão
do medo é o seu fantasma
Onde o
sofrer corrói como um quiasma
Tirando a
luz sutil da consciência.
Nunca acredita
com profundidade
Pois imagina
o dono da verdade
Sentindo ser
Deus na própria existência.
Gilmar Leite