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quinta-feira, 17 de junho de 2010


Após ter escutado os dois primeiros cds e o dvd da entrevista/cantante do "uirapuru" do Amazonas, o grande amigo Antonio Pereira, relembrei quando estive na Amazônia (Roraima) e dormi em plena selva, sendo acordado na madrugada, vendo os primeiros raios do sol entrando pelas brechas das árvores gigantes, formando um lindo leque numa aurora de cores reluzentes, embalada pelos cantos das aves amazonenses. Isso tudo, levou-me também à minha aldeia no Pajeú das Flores; na minha época de menino entre as árvores da caatinga, vendo outra tipo de fauna e de flora, com sua beleza singular e seu madrigal encantador. Esses momentos entraram no meu sensível e acenderam a tocha da inspiração, fazendo eu escrever os dois sonetos abaixo.

             Lirismo Bucólico


Nos cristais reluzentes dos orvalhos...
E nas pétalas da flor sofisticada,
Borboletas da cor mais delicada
Trocam beijos, depois pousam nos galhos.

Entre as sombras dos plácidos carvalhos
Um sutil colibri de cor dourada,
Guarda essência pra linda namorada
E as asas sutis como agasalhos.

Uma abelha dourada no vergel
Busca as flores que têm o puro mel
Pra ofertar ao parceiro com ternura.

Nesse mundo encantado de lirismo
Cada ser da natura é o romantismo,
Onde Deus se revela criatura.




        Madrigal de Comunhão


Sob as cores fantásticas da aurora
Vejo o sol desenhando seus fulgores
E os dourados pequenos beija-flores
Dando vôos delicados sob a flora.

Minha vida desperta sem demora
Exalando do peito meus primores,
Ofertando nos versos esplendores
Como o brilho do sol por trás da amora.

Encantado com o brilho da manhã
A minha alma é tocada pela lã
Das gotículas da chuva orvalhada.

Num delírio de cores sem ter fim
Sinto um mundo floral dentro de mim
Sob os beijos da aurora revelada.

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