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sábado, 14 de fevereiro de 2015

    
      Brilho Descompassado

Um menino poeta e cantador
Que sabia trilhar certo endereço,
O abraço fraterno era o apreço
Ofertado com brilho e com valor.
Sempre tinha no peito a nobre flor
Exalando o perfume da amizade;
O seu riso era só sinceridade
Espalhado na face da atenção,
Onde o brilho pulsante da canção
Fulgurava nos campos da verdade.

Andarilho de muitas cantorias,
Sonhador nas plumas da querência
Defendia com força e persistência,
A nobreza das grandes companhias.
Cada amigo era o sol das alegrias,
Companheiro na estrada do sonhar,
Cada passo buscava conquistar,
Onde 01 + 01 era mais que 02
Para ele não tinha o “pra depois”
O seu pulso vivia pra abraçar.

Como a vida se faz pelo processo
Sucedendo momentos, outros ares,
O viver vai buscar outros lugares
Pois a vida não sonha retrocesso.
Muitas vezes as luzes do sucesso
Escurecem caminhos do passado
Apagando o pisar que já foi dado
E deixando pra trás muita poeira,
Um pião que buscou outra ponteira
E brilhando se faz descompassado.

                                    Gilmar Leite


Um comentário:

  1. Mais um grande poema enfeitando este espaço que alimenta a alma e encanta a visão@
    O bom de ser poeta, mas não de qualquer forma de ser, e ter a grandeza de trabalhar as palavras é que se narra fatos e exterioriza sentimentos com classe e sensibilidade.
    Parabéns por mais esta lição de vida!

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