Autoretrato
Insensato
Sinto
um louco que vive perturbando
Desde
quando me deito, todo o dia,
Eu
procuro entender essa agonia,
E,
confuso não sei para onde eu ando.
Minha
mente só vive perguntando
Mas
me perco, sem ter sabedoria;
Sinto
o louco voraz que me vigia;
Seu
emprego é viver me dominando.
Pra
onde vou ele vai junto de mim;
E,
procuro enganá-lo, por um fim,
Desde
louco que me rouba a razão.
Insensato,
sem lei, sem ser visível,
Este
louco voraz, incorrigível,
Mora
em mim: o seu nome é coração.
Gilmar Leite
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