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terça-feira, 14 de março de 2017

Debaixo do Tamarindo de Augusto dos Anjos
 
 
        Tronco do Tamarindo

Quantas vezes, encostado neste tronco,
O tristonho Augusto solitário,
Fez da árvore um mórbido calvário,
Pra falar do hediondo mundo bronco

Cada galho inda faz um triste ronco
Relembrando o abraço solidário,
Duma árvore e um poeta legendário
Que nem o tempo causou o estronco.

Eles dois, não morreram reunidos,
Porém hoje se escutam os gemidos,
Do poeta “Debaixo do tamarindo”.*

Este velho parceiro de outrora
Muita vezes ficou de hora em hora
Escutando no verso a morte rindo.
.
                                    Gilmar Leite

*Titulo do Soneto do Poeta

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