Foto da Poetisa Rachel Rabelo
O ocaso
Soneto musicado por Galvão Filho
Decanta
o dia, um crepúsculo ensangüentado,
Pinta
de ígneo, todo o imenso firmamento,
Dando
ilusão que houve um grande ferimento,
Como
se o bucho do céu, fosse perfurado.
Entre
as montanhas, um poente avermelhado,
Mostra
o final da tarde dando um adeus lento;
No
arvoredo o concriz mostra um sentimento,
Num
canto triste, que ecoa em todo o roçado.
As
borboletas e os colibris buscam um canto,
E a
verde flora, da noite, sente o seu manto,
Que
cobre de vermelho-negro o fim do dia.
Dentro
da mata, o inhambu abre a garganta,
Pra
anunciar, que se aproxima à hora santa,
Em
que o sertão se curva aos pés da ave-maria.
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