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domingo, 24 de março de 2013

Foto da Poetisa Rachel Rabelo


                              O ocaso

                                        Soneto musicado por Galvão Filho

Decanta o dia, um crepúsculo ensangüentado,
Pinta de ígneo, todo o imenso firmamento,
Dando ilusão que houve um grande ferimento,
Como se o bucho do céu, fosse perfurado.

Entre as montanhas, um poente avermelhado,
Mostra o final da tarde dando um adeus lento;
No arvoredo o concriz mostra um sentimento,
Num canto triste, que ecoa em todo o roçado.

As borboletas e os colibris buscam um canto,
E a verde flora, da noite, sente o seu manto,
Que cobre de vermelho-negro o fim do dia.

Dentro da mata, o inhambu abre a garganta,
Pra anunciar, que se aproxima à hora santa,
Em que o sertão se curva aos pés da ave-maria.

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