Fantasma da Seca
Um deserto com terra ressequida
Velhos troncos de galhos ressecados;
Animais
padecendo nos roçados
Onde
o verde partiu sem despedida.
A
tragédia da fome faz a vida
Dissolve-se
nas sombras da matéria;
O
sertão emurchece a sua artéria
E
revela o mais triste dos cinemas;
O
fantasma da seca mostra cenas
Sobre
a tela tristonha da miséria.
Sobre
os vales a morte faz morada
Assombrando
quem luta contra a fome;
A
fagulha da esperança se some
Entre
os ramos da planta ressecada.
Uma
vaca caminha desolada
Revelando
uma imagem muito séria;
O
sertão, diferente da Sibéria,
Mostra
o sol do verão com duras penas;
O
fantasma da seca mostra cenas
Sobre
a tela tristonha da miséria.
O
campônio só vê desolação,
E
padece, olhando o pouco gado,
Relutando
no mundo descampado
Pelo
sol escaldante do verão.
A
tristeza se apossa do sertão
Onde
a seca se revela bactéria,
Que
corrói qualquer tipo de matéria
Devorando
esperanças pequenas;
O
fantasma da seca mostra cenas
Sobre
a tela tristonha da miséria.
O
sutil colibri, sempre vexado,
Busca
em vão encontrar alguma flor;
Só
percebe a tristeza e o dissabor
Balançando
no galho desfolhado.
O
tristonho concriz no seu trinado
Sente
a vida na forma deletéria,
Pois
a chuva entrou na longa féria
Dando
adeus as mais lindas açucenas;
O
fantasma da seca mostra cenas
Sobre
a tela tristonha da miséria.
Olá Gilmar!
ResponderExcluirPassei para conhecer seu blog ele é notº 10, muito maneiro com excelente conteúdo gostaria de lhe dar os parabéns pelo seu blog e desejar muito sucesso e que DEUS ilumine seus caminhos e de seus familiares
Um grande abraço e tudo de bom
Obrigado Rodrigo pelas palavras gentis e pela visita ao meu singelos espaço de sutileza e sensibilidade.
ResponderExcluirAbraços
Gilmar Leite
Meu querido Gilmar Leite, foi ouvindo-te recitar, que conheci os maravilhosos versos de Chico Pedroza, me apaixonei, e tomei a liberdade de coloca-los num trabalho em cd, cujo tìtulo,em homenagem ao meu amigo Carlos Linhares, é UM BALÁIO DE COISA BÔA, onde coloquei poemas de vários gênios da poesia nordestina, como; Antonio Francisco, Jessiê Quirino (esses devidamente autorizados), de Zé da Luz e Renato Caldas em memória, gostaria de pedir sua permissão para Recitar e futuramente colocar em um outro trabalho, esse poema maravilhoso que acabas de postar.
ResponderExcluirGaranto que Darei os devidos Créditos.
Um abraço.
Almir campos
meu email: almircampos.fernandes@bol.com.br
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