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quarta-feira, 9 de março de 2011


           Sertão na Invernada

No sertão quando flora a natura
A paisagem se veste de beleza
Lindas flores expressam a ternura
Dos seus corpos sutis de realeza.
Os orvalhos são plácidos cristais
Refletindo momentos matutinos
Afagando com beijos magistrais
Os milhares de grãos bem pequeninos.

Na caatinga escorrem mil riachos
Inundando os recantos da floresta
Cada fruto despenca dos seus cachos
Onde as aves procuram numa festa.
As abelhas trabalham no vergel,
Sobre as flores de sumo delicado
Pra fazer com perícia o doce mel
Na usina do seu reino encantado.

Colibris aparecem nos jardins
Com mil cores nas penas elegantes
Dando vôos das formas bem rasantes
Procurando as essências dos jasmins.
Um concriz sobre o galho da palmeira
Bem vestido de tons preto e amarelo
Abre o peito mostrando um seresteiro
Com seu lírico canto doce e belo.

O sertão fica alegre na paisagem
Cada planta se ergue com bravura
O cenário demonstra uma imagem
Onde a vida se mostra com doçura.
Borboletas em bandos multicores
Faz vôos como leves dançarinas,
Pra no giro pousarem sobre as flores
Enfeitando o cenário das campinas.

O campônio feliz sai pro roçado
Carregando no peito uma esperança
A mulher na cozinha, com cuidado,
Organiza a comida da criança.
O sertão nesse instante se transforma
A natura demonstra uma alegria
Cada vida revela a bela forma
No cenário dum mundo de magia.

Um comentário:

  1. Mergulhando, na leitura, da doce invernada de seu poema, transporto-me para o mundo maravilhoso que o Sertão me proporciona viver!
    Seu espaço a cada dia permite que os(as) amigos (as) possam sentir a suavidade de sua essência e a força de sua vida!
    Beijo,
    Rachel

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