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quarta-feira, 23 de maio de 2012


           Bêbado de Poesia

Sempre eu bebo poesia todo dia,
Sou alcoólatra na taça da emoção,
Que perdido no mundo da razão
Eu me encontro no canto da magia.

Cada gole que dou com maestria
Sinto o verso surgir do coração,
Aumentando no peito a sensação
Com efeitos que minh’alma extasia.

Eu vivo ébrio no sol da lucidez!
A poesia revela a embriaguez
Que me rouba o fulgor da consciência.

Cada verso me deixa intoxicado
Ofertando o meu peito delicado
Sobre as plumas da doce existência.

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