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terça-feira, 16 de maio de 2017

 Foto de Elaine Souza

         Os teus olhos 

                               À Elaine Souza

Os teus olhos felinos, de mulher!
Neles, vive brincando uma criança, 
Onde o brilho inocente da esperança 
Resplandece a ternura que Deus quer.

Eles falam da vida onde estiver
Expressando a beleza que não cansa;
Seu ritmo de amor mostra uma dança
Num poema de luz que alma quiser.

Vejo neles, o sol das madrugadas, 
O reflexo das flores orvalhadas,
E o profundo dos grandes oceanos. 

Os teus olhos são luzes das estrelas
Onde os anjos sutis passeiam pelas 
Regiões mais profundas dos humanos.

                                       Gilmar Leite

domingo, 30 de abril de 2017



      Bucólico Lirismo

Numa tarde de abril, sobre uma rede,
Abraçado com o teu corpo-menina,
Vendo a chuva, na forma de neblina,
Atirando alguns pingos na parede.

A rolinha matava a sua sede,
Sobre um córrego d’água cristalina;
E a beleza do sol, sobre a colina,
Parecia uma voz dizendo: vede!

A natura exalava um doce cheiro...
Vez enquanto pousava no terreiro.
Um sutil sabiá, muito elegante.

Contemplando a beleza do sertão,
Eu deixava que a flor da minha mão,
Deslizasse em teu corpo fascinante.

                                      Gilmar Leite

domingo, 2 de abril de 2017

O poeta Gilmar Leite declamando o soneto Nauta sem Rotas

domingo, 26 de março de 2017

O poeta Gilmar Leite declamando no Quiosque da Poesia o soneto Viagem

O poeta Gilmar Leite declamando Sertão da Minha Alma no Quiosque da Poesia

terça-feira, 21 de março de 2017



                   Olhares...

Vejo os versos olhando para mim
Penetrando na minh’alma sensível,
Transcendendo um ser perceptível
Perfumado igualmente um jasmim.

As palavras poéticas, sem fim...
São gotículas de chuvas do invisível,
De um poeta que se torna visível
Pra cantar como um anjo querubim.

Cada verso que brota do profundo
É a voz do meu peito junto ao mundo
Num diálogo sutil que me faz gente.

Vejo o verso e o verso me percebe
E revela meu corpo que se embebe
Na linguagem sensível transcendente.

                                      Gilmar Leite

terça-feira, 14 de março de 2017

Debaixo do Tamarindo de Augusto dos Anjos
 
 
        Tronco do Tamarindo

Quantas vezes, encostado neste tronco,
O tristonho Augusto solitário,
Fez da árvore um mórbido calvário,
Pra falar do hediondo mundo bronco

Cada galho inda faz um triste ronco
Relembrando o abraço solidário,
Duma árvore e um poeta legendário
Que nem o tempo causou o estronco.

Eles dois, não morreram reunidos,
Porém hoje se escutam os gemidos,
Do poeta “Debaixo do tamarindo”.*

Este velho parceiro de outrora
Muita vezes ficou de hora em hora
Escutando no verso a morte rindo.
.
                                    Gilmar Leite

*Titulo do Soneto do Poeta