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domingo, 26 de março de 2017

O poeta Gilmar Leite declamando no Quiosque da Poesia o soneto Viagem

O poeta Gilmar Leite declamando Sertão da Minha Alma no Quiosque da Poesia

terça-feira, 21 de março de 2017



                   Olhares...

Vejo os versos olhando para mim
Penetrando na minh’alma sensível,
Transcendendo um ser perceptível
Perfumado igualmente um jasmim.

As palavras poéticas, sem fim...
São gotículas de chuvas do invisível,
De um poeta que se torna visível
Pra cantar como um anjo querubim.

Cada verso que brota do profundo
É a voz do meu peito junto ao mundo
Num diálogo sutil que me faz gente.

Vejo o verso e o verso me percebe
E revela meu corpo que se embebe
Na linguagem sensível transcendente.

                                      Gilmar Leite

terça-feira, 14 de março de 2017

Debaixo do Tamarindo de Augusto dos Anjos
 
 
        Tronco do Tamarindo

Quantas vezes, encostado neste tronco,
O tristonho Augusto solitário,
Fez da árvore um mórbido calvário,
Pra falar do hediondo mundo bronco

Cada galho inda faz um triste ronco
Relembrando o abraço solidário,
Duma árvore e um poeta legendário
Que nem o tempo causou o estronco.

Eles dois, não morreram reunidos,
Porém hoje se escutam os gemidos,
Do poeta “Debaixo do tamarindo”.*

Este velho parceiro de outrora
Muita vezes ficou de hora em hora
Escutando no verso a morte rindo.
.
                                    Gilmar Leite

*Titulo do Soneto do Poeta