Pesquisar Este Blog

quinta-feira, 16 de abril de 2015


Foto de Gilmar Leite


Durante a minha caminhada matinal, a natureza do mar do Bessa (João Pessoa), todo dia oferece várias cenas lindas. E por gratidão, ofereço esse singelo galope e o registro de uma das fotografias registradas hoje.


O mar oferece um presente pra mim
Tocando meus pés quando surge a manhã
Carinhos da brisa dão beijos de lã
E fico olhando o oceano sem fim.
Conchinhas pequenas da cor de marfim
Deitadas na areia enfeitando o lugar
Espumas branquinhas num lindo bailar
Trazidas das ondas que chegam faceiras
São cenas das minhas auroras praieiras
Que sinto e contemplo na beira do mar.


                   Ser Poeta

                              Ao poeta/menino, Job Patriota 

Ser poeta é voltar a ser criança,
Ter o olhar inocente para o mundo,
Criar sonhos, imagens num segundo,
Bater asas no campo da esperança.

É plantar a bondade com bonança
Da pureza infantil do ser profundo;
Abraçar com amor o bem fecundo
Ofertando o carinho com pujança.

É ter da criança a imaginação,
Misturar o real e a ficção,
No delírio sutil da fantasia.

Ser poeta é ter olhos de menino
Vê o grande no mundo pequenino
Onde a vida se veste de magia.


                                   Gilmar Leite

quarta-feira, 15 de abril de 2015


                          Malabarista

Existe em mim um ser louco, transgresso,
Malabarista num palco visível;
Vive dançando a canção do sensível;
E é contramão do ódio e retrocesso.

Embriagado pelo amor confesso,
Quebra a corrente da razão possível;
Cada manhã se mostra imprevisível.
É uma aurora sensível sem recesso!

As suas pernas são feitas de versos.
E transcendente, pulsa universos,
Entre as galáxias da livre emoção.

Vive saltando como um trapezista!
Faço pergunta: quem és tu artista?
Ele diz pra mim: sou seu coração!


                                                Gilmar Leite

quinta-feira, 9 de abril de 2015


                      Foto de Rachel Rabelo
           
                      Pico do Jabre

Junto às nuvens, bem perto do céu, fico
Contemplando a grandeza da montanha;
Uma brisa sutil o meu corpo banha,
E me entrego a um devaneio lírico.

No horizonte um tesouro nobre e rico
Mostra o vale de beleza tamanha;
Na minh’alma uma sensação estranha
Fortalece o meu ser como o angico.

Borboletas, mil pássaros cantantes,
Sobre a serra, dão voos mirabolantes,
Parecendo que estão de brincadeira.

Sobre o topo do pico, vejo Deus,
Projetar na natura os sonhos seus,
Na grandeza sem fim da cordilheira.


                                           Gilmar Leite

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Foto de Gilmar Leite (Granja do Poeta Dirceu Rabelo, Gravatá, Pe.)



     Borboleta de Veludo

A sutil borboleta de veludo
Beija a flor com um toque carinhoso,
Revelando um painel maravilhoso
Onde o brilho das cores mostra tudo.

O seu voo delicado e bem formoso
Mostra as asas parecendo um escudo;
Até Deus silencia e fica mudo,
Contemplando o ballet tão gracioso.

Elegante, trajando roupa preta,
Graciosa, busca a flor violeta,
Pra sentir a essência perfumada.

A sutil borboleta mostra a vida
Afagando de forma enternecida
O segredo da flor sofisticada.


                                  Gilmar Leite