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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Foto de Gilmar Leite


  Carinho da Mão Enternecida

                     À poetisa/Companheira Rachel Rabelo

Quando o afago desliza com leveza
Entre os ramos do corpo sensitivo
Um delírio percorre lenitivo
Abrandando o viver com sutileza
A floresta da vida com beleza
Deita o corpo na pluma da emoção
Cada toque tem cores da paixão
Pra deixar a existência colorida
O carinho da mão enternecida
Brota a flor no jardim do coração.

Cada afeto com toque delicado
Com destreza, faz saltos querubim,
Deslizando no corpo de jasmim
Ofertando um carinho perfumado.
O sentir deixa o peito estesiado
Entre a bruma sutil da sensação
O desejo borbulha em erupção
Pra deixar toda carne estremecida
O carinho da mão enternecida
Brota a flor no jardim do coração.

Como o beijo do colibri dourado
Procurando a flor mais perfumada
O carinho na pele delicada
Busca essência com toque refinado.
O prazer faz suspiro extasiado
Delirando na pétala da afeição
Todo corpo se entrega com pulsão
E libera a canção da doce vida
O carinho da mão enternecida
Brota a flor no jardim do coração.

Um gemido na forma de acalanto
Deita o corpo na cama do afago
O deixando na placidez dum lago
Onde a vida murmura o lindo canto
O carinho faz pouso com seu manto
Afagando um sentir com perfeição
Onde a vida desliza sob a mão
Como o orvalho na rosa faz descida
O carinho da mão enternecida
Brota a flor no jardim do coração


                                 Gilmar Leite