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domingo, 28 de fevereiro de 2016

O poeta Gilmar Leite declamando o Soneto Costureira da Vida

sábado, 27 de fevereiro de 2016



                    Sensatez

Imaginei envelhecer contigo
Sentindo a vida numa placidez;
Mas, despertou no peito a sensatez,
Pois eu estava num grande perigo.

Ao perceber a vida num castigo,
Por entre as garras da vil insensatez;
Meu coração buscou a lucidez
Onde a paz me ofertou um grande abrigo.

Sem o temor da negra solidão,
Foi bem melhor fugir da possessão,
Que faz torturas nas garras do ciúme.

Sem as cobranças e cegos julgamentos,
O meu viver, liberto como os ventos,
Mostra a vida, exalando um perfume.

                                             Gilmar Leite

domingo, 21 de fevereiro de 2016

O poeta Gilmar Leite declamando o poema Pajeú Imortal

sábado, 20 de fevereiro de 2016

O poeta Gilmar Leite declamano o poema Campina dos Desejos

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016



                       Perseverante

Plantei sonhos, colhi conquistas,
Venci medos, busquei qualquer mudança;
Sempre crente na luz da perseverança
Como faz os audazes alpinistas.

Posso até ter errado em falsas pistas
Pelo excesso inocente da esperança;
Mas busquei acertar a minha andança
Com coragem de mil escafandristas.

As pressões que caíram sobre mim
Aumentaram um desejo sem ter fim,
De salvar minha alma fulgurante.

Entre sonhos, conquistas e quimeras,
Eu venci as hipócritas panteras,
Com a luz da verdade triunfante.

                                          Gilmar Leite

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016



           Hospício da Poesia

Não é fácil viver a todo instante
Tendo o peito sangrando de poesia;
O sentir como sangue borbulhante,
Onde a artéria do verso me extasia.

Sinto a dor do sensível na sangria
Derramando a palavra mais pulsante,
E me perco, na louca fantasia...
Sem saber da existência, sou errante.

Pouco sei o que ocorre no meu peito,
Perco o jeito, não fico satisfeito,
Fico a esmo, no verso embriagado.

As loucuras banais são os meus versos,
Num hospício dos poemas submersos,
Onde vivo como um louco internado.

                                               Gilmar Leite
          O Beija-Flor

Delicado, sutil... Um ser divino!
Sua vida é beijar plácidas flores,
Pra sentir as essências dos sabores
Com seu jeito poético e grã-fino.

Elegante, de corpo pequenino,
Suas asas são rápidos motores,
Procurando nos fúlgidos verdores
A doçura do néctar cristalino.

O seu bico cumprido com fulgores
Faz mergulhos no coração das flores
Na procurado do pólen com leveza.

Seu dançar mostra lírica elegância
Revelando do corpo uma fragrância
Num balé de poética beleza.

                                   Gilmar Leite