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quarta-feira, 21 de julho de 2010


Viajar ao Pajeú das Flores, conhecendo os lugares certos e tendo as companhias poéticas que eu sempre tenho, é compartilhar de uma jornada sensível aos recantos mais sublimes dos sentidos. Passei 12 dias entre o Pajeú Pernambucano e o Cariri Paraibano, embevecendo-me da mais autêntica poesia feita com profundidade e sabedoria. Conviver com poetas como Zé de Cazuza (patrimônio poético nacional) e outros tantos ( fica impossível citar todos), é de uma experiência estética única e sem dimensões para narrá-la aqui. As fotos dos momentos únicos e o poema logo abaixo é um pouco da carga intensa de conviver com pessoas que fazem da alma poética o sentido da vida.

              Jornada Sensível

                                           À poetisa Rachel Rabelo

A minha alma tem luzes matinais
Como o sol que aparece no horizonte;
O meu peito poético é uma ponte
Pra levar os meus versos madrigais.
Sempre faço dos sonhos de cristais
Transparências das minhas atitudes,
Procurando alcançar as altitudes
Dos valores humanos mais divinos,
Onde os atos de afetos cristalinos
São os beijos pra grandes plenitudes.

Sempre busco levar meu sentimento
Sobre a forma do verso delicado,
Onde a luz do sensível é meu reinado
Governando com nobre encantamento.
Eu procuro mostrar meu monumento
Sobre a forma da flor da gentileza;
Ofertando do peito a sutileza
Dos orvalhos pingando transparência,
Sobre as pétalas sutis da consciência
Onde a vida se mostra com beleza.

Caminhar nas estradas do sensível
Sempre foi meu trajeto rotineiro;
Todo passo me deixa bem maneiro
Onde às vezes percebo o invisível.
Cada sonho eu procuro ser possível,
Transformá-lo na luz da comunhão,
E plantar no jardim do coração
As sementes do meu verso singelo,
Onde a flores do sentimento belo
Abram pétalas com beijos da união.

Quando deito nas plumas do meu sono
Sempre encontro a leveza querubim,
Pois meus sonhos são flores do jasmim
Quando surgem bem antes do outono.
Cada verso que faço, mostro um plano,
Projetado com gestos de humildade,
Onde a luz da sutil simplicidade,
Solta brilhos no céu da consciência,
Clareando a floresta da existência,
Revelando o meu mundo de verdade.