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quinta-feira, 28 de abril de 2016



             Sonhos Pirilampos

O silêncio que, fazes sobre mim,
Não me fere, escuto outras vozes;
Os meus versos felizes e velozes
Tem o pouso nas almas de jasmim.

Se minha alma gentil foi tão ruim,
Comparada com ávidos algozes,
Para ti os bondosos são atrozes,
E por isso o silêncio está assim.

Se minha alma ficou tão invisível,
Não machuca o meu coração sensível
Pois eu sei dos meus voos em outros campos.

Teu silêncio não meu deixa travoso!
E feliz, por tido sido tão bondoso,
Vou voando com sonhos pirilampos.

                                       Gilmar Leite

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