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domingo, 9 de maio de 2010



Lágrimas de Deus

Os serenos cristais da madrugada
Que nas flores cintilam sutilezas
São imagens com mil delicadezas
Desenhadas no corpo da alvorada.
Cada gota na flor sofisticada
Tem purezas dum anjo querubim;
Lindos pingos brilhando no jardim
Vão pra face de nobres prometeus
Os orvalhos são lágrimas de Deus
Sobre a taça purpúrea do jasmim.

Escorrendo nas folhas verdejantes
Dando beijos nos ramos delicados
Germinando amores mais sagrados
Abraçando as verdades triunfantes.
As gotículas das águas fulgurantes
Que dos céus aparecem sem ter fim
São sutis como o toque dum clarim
Solfejando nos montes Pirineus
Os orvalhos são lágrimas de Deus
Sobre a taça purpúrea do jasmim.

Um ligeiro e dourado beija-flor
Com seu bico sutil e pequenino
Guarda o pingo do liquido cristalino
Pra ofertar com ternura ao seu amor.
Cada pétala desperta um esplendor
Da natura que mostra o seu festim;
Vê-se Deus num sorriso de marfim
Sobre as flores tocando os gineceus
Os orvalhos são lágrimas de Deus
Sobre a taça purpúrea do jasmim.

Borboletas azuis em passarelas
Tomam banhos nos plácidos orvalhos
Lindos pingos cristais caem dos galhos
Revelando paisagens de aquarelas
São instantes das cores mais singelas
Sobre os tons delicados de cetim;
Cada pingo parece um querubim
Escorrendo dos olhos dos ateus;
Os orvalhos são lágrimas de Deus
Sobre a taça purpúrea do jasmim.

Ps: o mote é meu

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