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sábado, 30 de abril de 2011


 O soneto abaixo é para Betinho (José Humberto) meu irmão, que nos deixou na flor da idade (30 anos), vítima de um acidente automobilístico, na época em que exercia o cargo de promotor de justiça em Caicó, Rn, no ano de 1985.

              Saudade Fraterna

Hoje o peito transborda de saudade
De Betinho, nas noites de serestas,
Enfeitando o luar com belas festas
Dando acordes sutis, pela cidade.

O instrumento ficou na orfandade
Lamentando o adeus que lhe infesta,
De alguém que de forma bem modesta,
Fez seus tons eclodirem de verdade.

Quantas vezes o som do violão
Entoado com plácida canção
Fez nas almas singelos acalantos.

Os acordes que no meu peito invade
São momentos tristonhos de saudade,
De Betinho vertendo belos cantos.

2 comentários:

  1. Sentir saudade de quem não se conheceu, lembrar de alguém, em determinados momentos, sem ter vivido algum com esse alguém...É uma sensação estranha que não se explica.
    Essa sensação, essa saudade é de Betinho que sinto!
    Poeta, essa homenagem infinda, dignamente feita, só acresce a beleza do seu espaço poético...E, nos deixa, participar um pouco mais do seu momento saudoso.
    Bjs

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  2. A saudade do nosso mano Betinho, de quem eu fui companheiro de tantas serestas e farras na minha adolecencia e juventude nas noitadas de São José do Egito - Pe - Pajeú - eu hoje com mais de 50 anos, sinto do mesmo jeito, do dia em que ele nos deixou e partiu para etenidade.
    João Marcos (João de Vigário)

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