Inquietação Poética
Eu sou como um pequeno vaga-lume
Minha luz clareia, mas não orienta,
Meu caminho de versos não sustenta
A incerteza da vida quando assume.
Como o cheiro que se evola do perfume
Meu sentido poético não se assenta,
Cada passo que dou é um Ser que inventa
Uma estrada sem fim, por sobre um gume.
Sempre busco olhar no tom das cores
O sensível tingindo os esplendores
Quando a tarde se deita no crepúsculo.
O que mais me seduz é o encantado!
Mergulhar entre as fendas do ocultado
E buscar a grandeza no minúsculo.
Obs. soneto inspirado a partir da frase “O vaga-lume clareia, mas não orienta” do pernambucano Lourival Holanda
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ResponderExcluirBravo!
Belíssimo Poeta!
ResponderExcluirNos últimos dias sua inspiração tem aflorado de forma suavemente profunda e sentimentalmente resplandescente, o que é maravilhoso para nós, admiradores dos seus escritos.
Desejos para que as luzes coloridas, os perfumes florais, a sedução do encantado, a grandeza encontrada no minúsculo, e os mergulhos nas fendas do oculto, continuem a mecher com sua inspiração, fazendo brotar novas "Inquietações Poéticas", perenizando as estradas do seu SER!
Beijos fortemente poetizados!