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quarta-feira, 10 de agosto de 2011


       Afagos Matutinos

No jardim encantado do sertão
Onde a vida se mostra bem singela,
A natura desenha uma linda tela
Que penetra no fundo coração.
Eu mergulho na plácida visão
Percebendo no campo mil fulgores;
Meu olfato desmancha-se em olores
Que me toca de formas tão divinas,
Sinto o afago das brisas matutinas
Entre os bicos dos belos beija-flores.

Sobre a lâmina calma dos riachos
Borboletas se banham levemente;
Uma planta desperta da semente
Pra mostrar a grandeza dos seus cachos.
As abelhas trabalham sobre os tachos
Fabricando os mais plácidos sabores;
Sabiás numa orquestra de tenores
São cantores nos altos das colinas;
Sinto o afago das brisas matutinas
Entre os bicos dos belos beija-flores.

Um concriz de fulgor preto amarelo
Bem cedinho desperta a natureza,
Com seu canto coberto de leveza
Onde a vida se mostra como um elo.
No telhado um pequeno Ser singelo
Solta um canto buscando os amores;
Os orvalhos enfeitam os verdores
Escorrendo em gotículas pequeninas;
Sinto o afago das brisas matutinas
Entre os bicos dos belos beija-flores.

Colibris buscam flores virginais
Onde o néctar tem gosto de pureza;
Uma flor abre as pétalas com destreza
Ofertando os perfumes magistrais.
Os canários em tons bem naturais
Sobre os galhos se mostram cantadores;
A caatinga se veste de esplendores
Ofertando os seus beijos às campinas;
Sinto o afago das brisas matutinas.
Entre os bico dos belos beija-flres.

Um comentário:

  1. Mote perfeito...Poema belíssimo...Uma fonte pura, de mel poético, na qual sacio a sede da falta da minha inspiração!
    A naturalidade perfeita que retrata, sutilmente, o bailé sonoro da natura sertaneja.
    Lindo!
    Beijos Poéticos,
    Rachel Rabelo

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