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segunda-feira, 21 de novembro de 2011



  Só podemos cobrar algum valor
Quando somos corretos pagadores

Só podemos cobrar algo de alguém
Se nós formos pagantes bem corretos
Pois seremos idôneos arquitetos
Coerentes na prática do bem.
Uma ação de valor sempre contém
A limpeza dos atos, sem negrores.
Onde a vida não tem mais cobradores
Exigindo sem fim qualquer pudor
Só podemos cobrar algum valor
Quando somos corretos pagadores

Não podemos pedir qualquer justiça
Se não somos tão justos nas ações
A verdade se faz nas doações
Sem pedir uma troca que enfeitiça.
Ofertar os negrores da injustiça
Sempre ofusca os atos doadores
A verdade padece nos temores
Morre o sonho nas grades duma dor
Só podemos cobrar algum valor
Quando somos corretos pagadores

Para termos justiça em nossos atos
É preciso plantar na consciência
A semente sutil da coerência
Adubando a verdade sem maus tratos.
A bondade não sonha com contratos
De cobranças no campo dos amores
Colibris não osculam sobre as flores
Exigindo um carinho de uma flor
Só podemos cobrar algum valor
Quando somos corretos pagadores

Se nós formos bondosos sem cobrança
Uma flor surgirá do coração
Enfeitando com brilho cada ação
Transparente igual sonho da criança.
Cada oferta será sempre a bonança
Transbordando os atos doadores
Não seremos cristãos tão pecadores
A justiça será o nosso fulgor
Só podemos cobrar algum valor
Quando somos corretos pagadores.                         

Um comentário:

  1. Soneto da Alongada Fidelidade

    Não dura o sonho mais que alguns segundos.
    Depois dele, no entanto, presumida,
    uma estação passou. Assim, no mundo,
    célere, como um sonho, passa a vida.

    Da entrevista primeira à despedida,
    foi breve...Mas um traço marcou fundo:
    -se o grão não deu a safra prometida,
    valeu pela intenção de ser fecundo.

    Tanto nos afinou esse passado,
    que da sua razão eu fiz a minha
    e dele me tornei quase um soldado.

    E se não lhe dei tudo o que convinha,
    nos limites do quanto me foi dado
    dei o tanto que pude - era o que eu tinha.

    Dirceu Rabelo

    Beijos Poéticos,
    Rachel Rabelo.

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